E agora, José: minha empresa precisa ter lojas físicas, digitais ou as duas?
Estamos em 2022 e a Meta, empresa que controla o Facebook, o Instagram e o WhatsApp, anuncia a abertura de lojas físicas.
A Meta não foi a primeira e nem é a única a fazer isso.
O Google já fez algo parecido em sua loja em Nova York, com salas de estar simuladas para experimentar dispositivos e as luzes do smartphone Pixel.
Em um primeiro momento de uma análise desatenta, isso poderia parecer estranho. Ué, mas agora não é tudo online? Por que uma big tech de plataformas digitais como a Meta, que está inclusive construindo um metaverso, iria investir em lojas físicas? 🤔
Prepara o carrinho que hoje a CoolBox vai se debruçar sobre esse assunto: as compras no futuro-presente e o que isso significa para a sua marca.
E agora, José?
Para seguir no raciocínio por trás dessa CoolBox, temos que voltar um pouquinho no tempo. Você deve lembrar que, com a pandemia, muitas empresas de todos os tamanhos pisaram forte no acelerador da transformação digital.
Algumas chegaram a apostar todas as suas fichas nos e-commerces: o e-commerce brasileiro registrou um super crescimento de 75% em 2020 em comparação a 2019, após as restrições impostas pela pandemia (Mastercard SpendingPulse).
Foi um movimento quase intuitivo de empresas que precisaram exercitar a resiliência para sobreviver em um contexto adverso e atípico.
E é justamente por ser um momento atípico que a pandemia não deve ser utilizada como fator único para analisar comportamentos e, muito menos, para guiar as tomadas de decisão dentro da sua empresa.
Quer ver? No mês de Abril, o comércio eletrônico brasileiro sofreu uma retração de 6,11%.
Nada de piloto automático.
Agora que o cenário já mudou de novo, é hora de reavaliar e seguir em frente para manter uma postura de resiliência na sua empresa.
Posso provar?
Nos exemplos de lojas físicas que a gente trouxe aqui, há um ponto em comum que pode ser traduzido em uma palavra-chave: experiência.
A praticidade e a conveniência de comprar online nem sempre são suficientes para superar o toque, o cheiro e a possibilidade de provar.
Sabe o test-drive do carro? Então… Existem outros tipos de produtos, como sofás, camas, cadeiras de escritório, roupas, maquiagens e perfumes que ainda trazem elementos fortes do plano material que costumam funcionar bem melhor ao vivo.
Sim, a gente sabe que já existem tecnologias de provador virtual, como os que simulam óculos ou a cor do batom em seu rosto através de fotos e filtros, mas aqui estamos pensando principalmente no consumidor brasileiro comum que ainda está se familiarizando aos poucos com as tecnologias.
Resumindo, o que estamos vendo é um movimento das lojas se transformarem em um espaço de experiência de marca. As lojas-conceito e os showrooms não nasceram agora, mas acreditamos que serão cada vez mais comuns.
Pergunta do milhão: como isso impacta minha marca, projeto ou carreira?
Como vimos aqui e até já falamos em outras ocasiões, o mundo online e offline caminham juntos. Nosso tempo de tela está aumentando, sim, mas ainda somos pessoas vivendo no mundo físico.
Algumas pessoas são mais digitais e usam mais tecnologias em suas rotinas, outras menos. Cada uma com seus hábitos e particularidades, claro, mas de toda forma vale esse lembrete: a vida continua acontecendo.
Assim, uma estratégia que contemple apenas o lado online e ignore tudo que existe no mundo offline tende a não conseguir se sustentar ao longo do tempo.
Esse termo "phygital", ou "híbrido", já faz parte do nosso vocabulário e deve continuar assim.
Para as empresas de maior porte, sugerimos que agora seja um momento interno de realizar diagnósticos e traçar novas estratégias, de preferência olhando para as habilidades e competências que podem ser desenvolvidas em sua equipe através da aprendizagem contínua.
Sabemos que para os pequenos negócios tudo é sempre mais difícil, mas busque encontrar um equilíbrio possível dentro das suas possibilidades de caixa e o porte da sua empresa.
Dependendo do seu segmento e nicho, considere opções como:
Participar de eventos e feiras;
Cadastrar-se em alguma plataforma marketplace ao invés de tentar vender diretamente para o consumidor.
Vender em lojas colaborativas.
Se precisar escolher ou priorizar um lado, pense com a mentalidade de online-first.
Não em online-only.
E, como sempre, se precisar do apoio da CoolHow para desenvolver uma solução inovadora ou refinar o posicionamento da sua marca, pode contar com a gente:
Quero saber mais sobre os sprints da CoolHow!
Eu poderia emoldurar essa frase:
"Comprar um produto não depende mais de uma loja física, por isso, queremos que as nossas lojas sejam um local de experiência, experimentação de produto e, principalmente, um lugar de encantamento do consumidor, onde ele possa sentir ‘na pele’ o lifestyle Havaianas."
(Maria Fernanda Albuquerque, VP de Marketing Global da Havaianas, em matéria da Exame)
Radar do Futuro-Presente:
Aprofundando no tema de hoje: "Como será a loja do futuro?" (Exame), "Amazon abre sua primeira loja física de roupas na Califórnia" (Fast Company) e "Por que o Duolingo abrirá um restaurante?" (M&M)
Mercado: Netflix adianta planos e deve ter anúncios até o final de 2022 (Propmark)
Oportunidades: Google abre inscrições para a edição do Premier Partner Awards - até 1º de Julho, aqui.
Mundo do trabalho: a licença menstrual está em discussão na Espanha (G1) e a licença PET-ernidade para quem adota um pet está sendo implementada em empresas como o grupo Heineken, Vivo e Ogilvy Brasil após iniciativa do grupo Petz (Você RH).
Tecnologia: 22% dos brasileiros pretendem usar o 5G nos próximos 12 meses (CNN Brasil)