A arte de ver: o Design como lente para o mundo
No senso comum, tradicionalmente, o design é mais conhecido como a arte de desenhar produtos. No entanto, estamos vendo uma área em constante expansão, com vários ramos e novas especialidades surgindo.
Ao pé da letra, design significa “projeto".
Aqui na CoolHow, a gente acredita que todos nós temos a capacidade de criar soluções para problemas e projetar nossa própria evolução.
E assim caminha a humanidade.
Por isso, hoje vamos nos debruçar sobre o nosso querido e amado design e sua crescente importância para, quem sabe, te inspirar a buscar ver o mundo com os olhos de um designer. :)
Somos todos designers?
Ainda nas definições, encontramos essa aqui no site do Neil Patel que diz o seguinte: o Design é um processo de pensamento que compreende a criação de produtos para solucionar problemas, incluindo aspectos funcionais e estéticos.
Tirando essa ressalva que já fizemos ali sobre não ser só para a criação de produtos necessariamente, essa definição é ótima porque em poucas palavras fala sobre: 1) processo de pensamento, 2) solução de problemas e 3) ainda traz a questão da forma X função como aspectos complementares.
Em sua palestra no TED, John Hockenberry apresenta a ideia de que somos todos designers a partir da sua história pessoal com um acidente de carro, de lições aprendidas com seu pai (designer) e de uma palavrinha mágica: intenção. Segundo ele, a virada de chave está na postura de agir com intenção diante da vida.
Já no livro "Inteligência visual: Aprenda a arte da percepção e transforme sua vida", a autora Amy Herman vai nessa mesma linha e ainda traz elementos práticos que podem ajudar a despertar e treinar seu olhar para o mundo. Vale a leitura!
Se a gente for longe e considerar a criatividade de forma ampla ao invés só do design em si, essa ideia ganha ainda mais força. No artigo "Unlocking Creativity: How CFOs can help cultivate a creative mindset", publicado pela Deloitte, os autores explicam que qualquer pessoa tem potencial para fortalecer sua curiosidade, imaginação, criatividade, empatia e coragem. Sim, leia de novo: qualquer pessoa!
Pense como um designer
Sendo assim, e considerando então o Design como forma de ver o mundo, é importante pensar em caminhos possíveis para tornar esse conhecimento mais acessível para as pessoas. E uma área com grande potencial, que tem chamado a atenção nesse sentido é o Design Thinking.
O Design Thinking é literalmente um modo de pensar. Foi um método muito difundido pela IDEO, empresa fundada na Califórnia, que nos anos 1990 o aplicou para a resolução de problemas e depois se popularizou no mundo todo, tendo sido adotada por grandes empresas como Samsung, Apple e Google. Inclusive, o CEO da IDEO, Tim Brown, tem um livro bem conhecido sobre o assunto: Design Thinking - Uma Metodologia Poderosa Para Decretar o Fim Das Velhas Ideias. Também recomendamos essa leitura!
Mais que uma metodologia única ou específica, é uma abordagem ampla que busca a solução de problemas complexos, de forma coletiva e colaborativa, em uma perspectiva de empatia com todas as pessoas envolvidas e interessadas naquele problema - não só o cliente final.
Nesse sentido, o Design deixa de ser uma exclusividade para se tornar uma ferramenta, útil e poderosa, para a inovação. Para a construção de futuros melhores e possíveis. E, portanto, de interesse coletivo.
Pergunta do milhão: como isso impacta minha marca, negócio ou carreira?
De forma geral, para as pessoas "não-designers", podemos relembrar o conjunto de habilidades que citamos ali em cima e que estão ligadas tanto ao design quanto à inovação: curiosidade, imaginação, criatividade, empatia e coragem.
Quando devidamente desenvolvidas e estimuladas, essas habilidades podem te ajudar a identificar boas oportunidades que poderiam passar despercebidas e a ter jogo de cintura para lidar com problemas inesperados, além de favorecer o cultivo de inteligência emocional e pensamento crítico.
Já para os designers de formação e prática, vale ficar com o olhar atento para as novas áreas e demandas que têm surgido no mercado, como o aquecido UX Design.
Se você tem uma empresa, não pense que isso se aplica apenas para as grandes. É claro que ter mais recursos disponíveis para investir nesses processos ajuda (e muito), mas as empresas de menor porte também podem adotar perspectivas mais colaborativas, práticas e multidisciplinares.
Antes de sair comprando pacotes de post-its ou assinando o plano premium do Miro, muita calma nessa hora: nosso alerta é de ter um cuidado na hora da aplicação autodidata dessas metodologias.
A orientação de uma pessoa ou empresa capacitada pode fazer toda a diferença no sucesso do projeto. Se precisar de apoio nesse processo, pode contar com a CoolHow!
-> E-mail: contato@coolhow.com.br
Eu poderia emoldurar essa frase:
"Podemos usar o design thinking para envolver as comunidades na criação de escolas melhores, hospitais melhores, sistemas de votação melhores e tantas outras coisas. Especialmente nesta era de pandemia, em que há muito para projetar e reimaginar"
Sandy Speicher, CEO da IDEO
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