Curadoria de Abril
Se você leu a CoolBox do mês passado, já sabe que estamos aqui fazendo novas experiências na escrita desta newsletter. Começamos com o formato chamado Lado A, em que apresentamos o lado aprendiz de pessoas que admiramos e temos (ou queremos ter) uma amizade sincera.
Pra edição de hoje nossa proposta é uma curadoria. Por que? Porque uma das seções que sempre fez sucesso na CoolBox foi o radar que fica lá no finalzinho. Então, pensamos: por que não dedicar uma edição inteira com nossa curadoria. E aqui que vem o ponto: por ser uma curadoria, além da indicação, vem o contexto, o nosso olhar.
Esperamos que aproveite. E se gostar do formato, deixa lá o coraçãozinho pra gente saber!
Líder ou terapeuta: quem mais impacta sua saúde mental?
Seria ótimo se fosse a pessoa com quem você faz terapia.
Mas não é não, viu. Sua liderança na empresa tem tanto impacto na sua saúde mental quanto a pessoa com quem você se casou (se você for uma pessoa casada, claro!). De acordo com relatório do The Workforce Institute da UKG apresentado nesta matéria da Forbes, 60% dos funcionários consideram o trabalho como o principal fator que afeta sua saúde mental. E 81% das pessoas entrevistadas disseram que priorizariam a saúde mental sobre um salário alto. Todo mundo quer ganhar bem, mas ninguém quer sofrimento, né? As pessoas querem uma cultura de trabalho saudável e abertura das lideranças para conversas honestas sobre volume de tarefas.
Qual foi a última vez que você refletiu?
Tem gente marcando reunião fictícia na agenda para poder pensar.
Quem acompanhou nossa cobertura do SxSW Edu (ah que saudades!) já deve estar familiarizado com esse tema. Ou melhor, com essa urgência. Porque a sensação é que não estamos sendo pagos pra pensar, literalmente. De acordo com essa matéria da Fast Company Brasil, as pessoas se sentem pressionadas o tempo todo para estarem ocupadas executando tarefas. Por outro lado, a falta de reflexão crítica e aprofundada, em determinados momentos, pode levar a decisões mal planejadas e problemas de longo prazo para as empresas. Sabe quais são as empresas que estão escapando dessa armadilha da falsa produtividade? As que promovem uma cultura de aprendizagem e pensamento crítico. E nós acreditamos nisso: sim ou com certeza?
Dia mundial da criatividade
Milhares de atividades no mundo inteiro
Dizem que a criatividade é uma invenção recente na história da humanidade. Ela nasce como conceito em meados do século passado, quando passamos de uma economia industrial para uma economia de serviço. Era preciso classificar a capacidade que algumas pessoas tinham de ter boas ideias. Podemos voltar nesse assunto aqui depois, mas por hora, queremos dizer que a criatividade não saiu de moda. Aliás, com o advento da inteligência artificial ela tem entrado no topo da lista daquelas habilidades essenciais para profissionais do presente e do futuro. E se você quiser desenvolvê-la ainda mais, pode aproveitar a comemoração do dia mundial da criatividade, entre os dias 19 e 21 de abril, e encontrar perto de você ao menos uma das milhares de atividades criativas que vão acontecer no mundo todo. Confira a programação no site.
ChatGPT estimula o pensamento crítico?
Pode ser que sim
De acordo com pesquisa recente publicada na revista Nature, uma das revistas científicas mais prestigiadas do mundo, o uso da inteligência artificial generativa, como ChatGPT, pode afetar nossas habilidades cognitivas. Isso se nós adotarmos um modelo de utilização em que só fazemos uma pergunta simples e a ferramenta faz todo o trabalho no nosso lugar. Por outro lado, se adotarmos outra postura e exercitarmos nosso pensamento crítico, ele pode nos ajudar a aprender mais. Pelo menos é o que acredita o diretor de uma faculdade de tecnologia de Portugal. Em matéria para a SIC Notícias, ele conta como decidiu integrar a ferramenta no processo de aprendizagem dos estudantes universitários.
A falta da serendipidade
Jovens se cansaram dos apps de relacionamento
De acordo com este interessante artigo do The Atlantic (em inglês), as pessoas mais jovens estão saudosas de interações ao vivo que nunca viveram. Elas se dizem insatisfeitas com os apps de relacionamento, que tem levado muitas ao esgotamento emocional. Por outro lado, pela pouca ou nenhuma experiência em situações presenciais, elas têm menos competências sociais e se sentem mais intimidadas com interações cara a cara. O artigo além de propor a discussão apresenta possibilidades, como dispositivos tecnológicos que ajudam na interação presencial ao invés de eliminá-la.
Uma frase para refletir profundamente:
“A história da Humanidade não é escrita pelas tecnologias. A história da humanidade é escrita pelas tecnologias e por aquilo que a Humanidade decide fazer com elas. E essa é a atitude que eu acho que devemos ter tamb’ém no que respeita à educação.”
— Ricardo Paes Mamede, diretor da Iscte-Sintra
Newsletter boa a gente indica!
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