De repente 15: tá todo mundo criando conteúdo para adolescentes?
Do Feed aos sugeridos na aba explorar, se você abrir agora o seu Instagram é provável que encontre vários Reels seguindo fórmulas atrás de engajamento: a narração com aquela voz do Google, pegadinhas com a avó ou o marido, as já tradicionais dancinhas com textos soltos no ar e por aí vai.
A gente sabe que virou quase senso comum falar (bem ou mal) dos conteúdos no estilo TikTok e não estamos aqui para condenar nada. A CoolHow gosta de analisar sempre vários lados de uma mesma questão, como forma de exercitar nosso olhar para o mundo e assim buscar caminhos para a inovação.
Inclusive, essa ideia de que a "rede vizinha" só tem dancinhas sem sentido não é verdadeira e, se queremos pensar em futuros-presentes, é essencial prestar atenção no que as novas mídias estão nos contando. Porém, isso também não significa que todo mundo precisa ir pelo mesmo caminho.
O mundo é grande — e a Internet também.
Essa é a nossa reflexão de hoje.
Vem com a gente?
Diga-me com quem andas…
Intensos e impacientes, a galerinha que é adolescente agora em 2022 já nasceu com a Internet na veia e isso muda tudo.
Com tempo livre de sobra, os adolescentes passam muitas horas do dia conectados aos seus smartphones, então é natural que estejam super ativos na Internet e tenham o poder de ditar comportamentos por aqui.
Por outro lado, a adolescência é uma fase da vida em que seguimos mais as tendências e os grupos, porque é quando buscamos (quase desesperadamente) a aceitação e validação pelos nossos semelhantes. Como nessa fase a nossa personalidade ainda está em construção, os adolescentes são, ou pelo menos tendem a ser, muito mais influenciáveis.
Assim, é bem grande o impacto que as marcas e os influenciadores digitais podem exercer nessas pessoinhas e não surpreende que tantas marcas estejam se esforçando para tentar alcançar esse mesmo público.
Quem paga a conta?
Todo mundo que já foi adolescente sabe que, nessa fase da vida, não temos tanta autonomia como gostaríamos.
Lembra daquele "na volta a gente compra?"
São os adultos que têm maior poder de compra - pelo menos em condições normais -, então antes de sair tentando conversar com esse público de qualquer jeito, vale pensar duas ou três vezes: faz sentido?
Será que a sua marca precisa mesmo falar COM e COMO um adolescente?
Se naquele filme icônico lançado nos anos 2000 ("De repente 30"), a menina de 13 anos queria pular logo para os 30 anos, quando em tese ela seria uma mulher independente e super bem-sucedida, parece que agora estamos querendo fazer o caminho contrário.
Estamos decepcionados com o mundo, fragilizados pela situação econômica ou simplesmente embalados por um sentimento geral de nostalgia?
Talvez um pouco de tudo isso ajude a explicar esse movimento de "adolescentização", mas daqui fica o nosso apelo: não force a barra para parecer descolado e faça sua parte para uma Internet sem fórmulas prontas.
Pergunta do milhão: como isso impacta minha marca, projeto ou carreira?
Se esse público jovem realmente faz sentido para a estratégia do seu negócio, vá em frente. Defina bem o tom de voz e o posicionamento da sua marca para gerar um todo harmônico. Depois, busque formas de se conectar com essas pessoas através do conteúdo e de envolvê-las nas conversas ao redor da sua marca.
A questão é não embarcar em um modo piloto automático e fazer isso só porque "todo mundo" está fazendo.
Afinal, como já dizem nossas mães: você não é todo mundo.
Se você quer realmente inovar, ouse ser autêntico.
Eu poderia emoldurar essa frase:
“Se todo mundo faz música para o TikTok, quem faz música para a minha geração? Quem faz a música para meus colegas?
Gosto de ter essa missão." - Adele, cantora
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