Ainda é muito comum associar quase instantaneamente a palavra inovação àquele cenário meio Matrix, com códigos de computadores que criam aparelhos tecnológicos ou plataformas digitais para sacudir e transformar o mundo.
Sim, faz parte do contexto, mas a inovação genuína é mais complexa que isso e não envolve só tecnologia digital. No especial que fizemos sobre o SXSW 2022, falamos sobre inovação como lente para o mundo. Então, é por aí!
Com essa perspectiva em mente, a inovação pode ser um ingrediente de Branding para construir marcas fortes. Afinal, quando se trata de visão de mundo, já estamos no universo mágico das marcas.
Vem, Branding. Pode entrar!
Se juntas já causam, imagina juntas?
O que a inovação e o Branding têm em comum?
De cara, já podemos dizer que são duas palavrinhas em alta e que tem garantido seus lugares nos investimentos de grandes empresas.
A inovação através do branding é toda nova estratégia que uma marca faz na cultura para reforçar seu propósito e gerar mais valor para as pessoas. A inovação pode aparecer de diversas formas: em produtos ou nos serviços que uma marca oferece, na forma de atender o cliente, na experiência do usuário, na embalagem ou mesmo em processos internos.
Mas podemos ir além. E vamos pedir licença aqui para usar um exemplo bem clássico: pense na Apple. A inovação não está presente só nas novidades do último modelo do iPhone ou de qualquer outro produto que eles lancem, mas sim como parte da essência da marca - seu DNA. Não à toa, a Apple acabou de conquistar de volta seu lugar como marca mais valiosa do mundo, de acordo com o ranking da Brandz (aqui)
Outro exemplo forte é o Nubank, que chegou no mercado brasileiro com a ambiciosa missão de desburocratizar os serviços bancários, junto com toda uma identidade de marca alinhada a esse propósito: desde o uso da cor roxa, associada à inovação, até o tom de voz mais descontraído que norteia sua comunicação nas redes sociais.
Quando uma marca consegue chegar a esse posto, de ser vista como inovadora por natureza, é porque a gente sabe que muito trabalho foi feito nesses dois departamentos. Uma marca inovadora é como aquela sua amiga interessante, que sempre tem algo novo e diferente para contar ;)
Não precisa inventar a roda
Outro ponto em comum entre inovação e Branding é que os dois precisam estar devidamente ancorados na cultura de uma empresa, ou seja, é sempre de dentro para fora.
Fomos buscar inspiração lá na Newsletter "Sociology of Business", criada pela Ana Andjelic, e encontramos os três pilares que ela considera essenciais para uma abordagem completa e eficaz de inovação em empresas:
Estratégia: definir o papel de uma iniciativa de inovação ou prática em levar o negócio e a marca adiante.
Criativo: como usar essa prática para comunicar a mensagem da marca e entregar uma boa experiência?
Operação: definir o plano, processo e metodologia necessárias para implementar tudo isso de forma bem-sucedida.
Nesse sentido, uma ação de marca sem um produto pode ser inovadora?
Sim!
Se ela estiver provocando reflexões e trazendo novos olhares sobre a cultura, por que não?
Um banco ter um atendimento humanizado, que te chama pelo nome e usa emojis, pode ser considerado uma inovação?
Sim, também.
Como vimos nos exemplos e reflexões ao longo da CoolBox de hoje, a inovação também pode ser simples: a tecnologia é uma ferramenta, que pode ou não estar presente em um case. Ou seja, a lição que fica é a de se preocupar menos em tentar inventar a roda ou em ser o próximo unicórnio e mais em como a sua marca pode melhorar a vida das pessoas - dos seus colaboradores aos clientes.
De novo, o caminho é de dentro para fora.
Pergunta do milhão: como isso impacta minha marca, projeto ou carreira?
Se você ainda não estava pensando em formas de inovar ou de gerar valor através da sua marca, considere essa Newsletter como um sinal divino de que já está mais que na hora. Essas duas palavras não são modinhas passageiras e não devem sair do vocabulário tão cedo, então mãos à obra.
Comece, mas não se iluda com o lado "gostosinho" do Branding (sim, nós também amamos!). Como propõe a Agência Ana Couto, o Branding é a construção e gestão contínua da marca: uma disciplina que alinha as estratégias de marca (quem sou eu), negócio (o que faço) e comunicação (como eu falo) ao mesmo tempo. E é com esse alinhamento que as organizações conseguem construir valor e experiências memoráveis para as pessoas, tornando-se icônicas.
Branding é um trabalho duro e constante, com resultados que costumam aparecer apenas no médio e longo prazo. Ainda assim, é o melhor caminho que conhecemos para construir uma empresa com bases sólidas.
Se precisar de ajuda em algum momento dessa jornada, conte com a gente!
Sprints com metodologias ágeis podem ser as ferramentas ideais para aprofundar essa sinergia que já existe entre inovação e Branding. Estamos aqui.
----> Fale com a gente pelo e-mail contato@coolhow.com.br
Eu poderia emoldurar essa frase:
"A marca é, faz e fala" (Ana Couto)
Radar do Futuro-Presente:
Branding: de olho no mercado internacional, QuintoAndar agora é 'Benvi' (Exame)
Oportunidades: Google for Startups lança programa de apoio a formação de negros em tecnologia (PropMark)
Redes sociais: interação com posts de marcas no Twitter cresce 44% (Meio & Mensagem)
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