Live Commerce: tendência que veio para ficar
A Black Friday 2021 promete resultados históricos para o formato!
"Na minha mão é mais barato, hein?"
Entre hoje e amanhã, vamos ver o auge da Black Friday 2021 e a estrela da vez é o formato de live commerce. Segundo a Research and Markets, é uma tendência que deve movimentar globalmente US$600 bilhões até 2027. Um novo formato e comportamento digital que veio lá da China, e parece que veio para ficar. E este é nosso tema da CoolBox de hoje. Pega seu cupom de desconto e vem.
O que é Live Commerce
Vamos por partes.
Primeiro, vamos explicar direitinho o que é essa tal de live commerce.
Se você é da nossa turma e viveu os anos 90, deve lembrar daquelas propagandas da Polishop ou dos programas do canal Shoptime mostrando produtos milagrosos que você podia ligar na hora para comprar com alguma vantagem ou preço promocional. Lembra?
Então, é por aí! Só que na live commerce estamos falando de influenciadores como vendedores, mostrando produtos, tirando possíveis dúvidas e interagindo diretamente com o cliente ao vivo.
Quem sabe faz ao vivo
Flertando com um conteúdo de entretenimento, porém focado em conversão imediata, as lives commerces podem atingir uma conversão em vendas sete vezes maior que a média de um site!
Pioneira em live commerce no Brasil, a Americanas apostou alto nesse formato e segue tomando as dianteiras. Mas é claro que a concorrência também se movimentou e não fica muito atrás: no ano passado, a Magalu e a Renner fizeram lives commerces com bons resultados.
Já o Mercado Livre se prepara para lançar o Mercado Livre Live, uma plataforma integrada ao seu ecossistema de soluções para marcas, vendedores e criadores de conteúdo:
“Queremos democratizar o social commerce, fortalecendo nossa plataforma para que marcas, vendedores e criadores de conteúdo possam realizar transmissões ao vivo e vender produtos, contando seus benefícios, realizando reviews mais detalhadas e mostrando seu funcionamento ou uso”, explica Tainá Saramago, gerente regional de Live Commerce do Mercado Livre.
Imagina na Black Friday
Se os resultados de live commerce já são convincentes o bastante em dias normais, imagina só o que uma superprodução de milhões para uma Black Friday pós-confinamento não pode fazer?
A Americanas realizará o Show da Black Friday novamente esse ano. Contando com Juliette e Felipe Neto como apresentadores, a marca apostou em montar um time de influenciadores todos na casa dos milhões de seguidores, como Diva Depressão, T3ddy, Bielo Pereira, Bruna Gomes, entre outros.
Em 2020, foram escalados 10 influenciadores com 60 milhões de inscritos somados, resultando em uma Live com 9,5 milhões de views no total e audiência de 5,5 milhões de pessoas únicas!
E a expectativa para esse ano é superar todos esses números, claro.
Só como uma curiosidade, vale comentar que a Americanas S.A. engloba as operações de e-commerce da Americanas.com, Submarino e Shoptime (olha ela aí de novo).
A Magalu também vem com tudo e prepara o evento "Black das Blacks", com um crossmedia ousado e de respeito. Do lado TV, tem Luciano Huck e Anitta como dupla de apresentadores, transmissão no Multishow a partir das 22h e entradas durante o The Voice, na Globo.
Do lado das redes sociais, tem a Lu, uma das maiores influenciadoras virtuais do mundo, liderando as discussões nos canais digitais da Magalu e das verticais de conteúdo que fazem parte do grupo, como Steal the Look, CanalTech e Jovem Nerd.
Enquanto isso, a Amazon estreia hoje (25/11) uma live commerce em formato de reality show, transmitida no YouTube. A “Casa Black Friday” da Amazon vai reunir 6 influenciadores para fazer demonstrações e testes de produtos por 5 dias, com show da cantora Pabllo Vittar no 1º dia.
Nem tudo são flores
Com esses picos de acessos simultâneos, manter os sites no ar e sem lentidão são prioridade máxima das empresas para não perder o cliente na hora H: a hora do pagamento e da confirmação de compra.
A cibersegurança também é uma questão sensível, especialmente no fim do ano em que costumam aumentar os casos de ataques hackers.
Para você ter uma ideia de números, o site do Mercado Livre registrou 50 milhões de visitas e quase 50 mil buscas por minuto em um único dia na Black Friday passada!
Mas André Silva, gerente de engenharia comercial do Google Brasil, garante que os grandes já amadureceram nesse aspecto de tecnologia e preparam suas estruturas de nuvem.
Isso tudo mostra que aqui estamos falando de briga de cachorros grandes, de olho na demanda reprimida e nas compras entre Black Friday e Natal, o que pode sufocar ainda mais os pequenos negócios nesse fim de ano.
Pergunta de um milhão de dólares: como isso impacta minha marca, projeto ou carreira?
Se você tem o seu próprio negócio, você pode fazer a sua Live Commerce pelo Instagram, YouTube e, em breve, no Mercado Livre Live.
Nossa dica de ouro é que você procure se espelhar em referências e cases mais próximos à sua realidade. Descontos agressivos não fazem muito sentido quando saímos da lógica das produções em larga escala para uma lógica mais artesanal, sob demanda.
Não tenha vergonha de oferecer uma produção caseira: mostre a alma do seu negócio em cada detalhe e busque formas de conversar com o seu público de uma maneira mais intimista e humana :)
Como a gente costuma falar por aqui, ser pequeno também tem seu valor e o seu charme.
Eu poderia tatuar essa frase (uma obviedade que precisa ser dita):
“De um lado algumas empresas estão cautelosas, mas de outro o cliente tenta tirar o atraso do que ele não fez durante a pandemia”
— Jaime Troiano, Troiano Branding
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