Seu conteúdo é pet-friendly?
Os bichinhos fazem parte da família e as pessoas querem saber se as marcas já entenderam isso.
Males que vem pra bem. Semana passada nossa ferramenta de newsletter deu problema e só conseguimos disparar a CoolBox na quinta-feira, ao invés da tradicional quarta. Eis que algo aconteceu: mais gente abriu o e-mail e leu essa news delícia. Então, estamos testando um dia e horário novos. Se não der certo, a gente faz igual o Silvio Santos com o Chaves na grade do SBT, e muda tudo outra vez. :)
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Conteúdo é sobre conversa e relacionamento. A gente sempre fala isso aqui na CoolHow. Por isso, é importante entender o que acontece no mundo e levar pra forma como as marcas se relacionam com as pessoas. Tendo isso em mente, já reparou o tanto que os pets fazem parte da nossa vida? E o quanto essa parte só aumenta? Os lares brasileiros já tem mais bichinhos de estimação que crianças. E a comparação é boa, porque não estamos falando de um animalzinho que a gente dá ração e leva no veterinário. Estamos falando de membros da família. A relação de afeto e a humanização dos pets é que está no centro da nossa conversa. Chama teu bichinho, que a CoolBox de hoje é sobre ele.
Pet é família
No Brasil temos, segundo dados do IBGE e do Instituto Pet Brasil, mais de 139 milhões de bichos de estimação. Entre os animais preferidos estão:
Cães (54,2 milhões)
Aves (39,8 milhões)
Gatos (23,9 milhões)
Peixes (19,1 milhões)
Répteis ou pequenos mamíferos, como roedores (2,3 milhões)
E como dizíamos no início da conversa, não são simplesmente bichinhos, eles fazem parte da família. Quase nos sentimos mal de chamá-los de animais. De acordo com pesquisa feita pela DogHero, para 78% das pessoas, os pets são como filhos. E são tratados assim. Espia só:
36% dormem no mesmo quarto
30% dormem na mesma cama
59% dos donos preferem ficar em casa no sábado à noite, junto com seu animal de estimação (melhores companhias)
86% das pessoas terminariam uma relação amorosa se a outra pessoa não gostasse do seu bichinho (recadinho: não faça um pet lover ter que escolher)
Aí veio a pandemia
E o que era grande, ficou maior. Cerca de 54% dos brasileiros adotaram um pet durante o isolamento social, segundo pesquisa da DogHero em parceria com a Petlove. Quem nunca teve, passou a ter (19% das adoções), quem teve antes voltou a ter (31%) e quem já tinha passou a ter mais (50%). As principais motivações: alegrar a casa e uma busca por bem-estar físico e mental. Eis outro motivo importante, citado pelo presidente do Conselho Consultivo do Instituto Pet Brasil, Nelo Marraccini:
A verticalização das cidades também proporciona maior procura por pets, principalmente gatos, que têm mais facilidade de se adaptar em apartamentos.
O mercado pet
Tanto amor, tanta dedicação vira muito consumo. O mercado pet no brasil faturou mais de 40 bilhões de reais em 2020 e espera fechar 2021 com mais de 46 bilhões. E esse número não é só comida e veterinário. É também reiki, cerveja pet, plano de saúde, terapia, acessórios, roupas, etc. Parece que a regra é: tudo que uma pessoa precisa, um pet também precisa e merece.
Conteúdo pet-friendly
Foi por isso que viemos parar aqui. Se eles fazem parte da nossa vida, também fazem parte dos nossos interesses e das nossas conversas. De acordo com dados do Twitter Brasil, o uso das hashtags #MãeDePet e #PaiDePet teve um crescimento de mais de 20% entre janeiro e agosto deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. O YouTube também percebeu um aumento de interesse nos temas ligados aos pets, através do aumento de tempo de vídeo assistido quando o assunto eram bichinhos de estimação. Olha o que diz Alessandra Gambuzzi, diretora de projetos de marcas e conteúdo do YouTube Brasil:
Desde os shorts, nossos vídeos em formatos curtos, mostrando animais de estimação sendo fofos, até tutoriais que te ensinam a adestrar seu cachorro, opiniões dos usuários sobre a melhor areia para gatos ou canais de veterinários que explicam como cuidar do seu pet, há uma infinidade de conteúdos na plataforma.
Por que as marcas vão perder a oportunidade de participar desse papo?
Influenciadores pet
Mas antes de falar de marcas, precisamos ainda falar das estrelas. Pet influenciadores são bichinhos de estimação com milhares ou milhões de seguidores que já começam a chamar a atenção das marcas. Eles adoram receber mimos, mas também já ganham bons cachês. Tem doguinho faturando mais de 80 mil reais por mês, segundo matéria da Folha de São Paulo.
Traduzindo
Melhor que falar é mostrar, né? Então segura aí o tanto de bom exemplo de conteúdo pet-friendly:
Burguer King criou o biscoito Dogpper para que os donos pudessem dividir a hora do lanche com seus cachorros.
A Hyundai criou a hashtag #HyundaiPets – que já conta com mais de 2 mil participações – e toda sexta-feira publica uma foto compartilhada pelas pessoas, sendo esse um dos conteúdos com maior engajamento das redes sociais na empresa.
Vamos de Hyundai de novo, porque a marca brilha nesse assunto: oito concessionárias tem pets na equipe, chamados de "cão-sultores”, a empresa tem ações em parceria com a Petz (maior petshop do Brasil) e com a BOX.Petiko (clube de assinatura de produtos pet)
Nubank criou o Nudog – cartão especialmente para os pets comerem e brincarem.
A cerveja Lagunitas criou a campanha “Onde está meu dog?” nos seus perfis em redes sociais para ajudar a encontrar cães desaparecidos e também fez um rótulo especial para as garrafas com imagens de doguinhos em busca de um lar.
Por falar em adoção, o McDonalds também fez uma campanha de adoção de animais em suas redes sociais; os nomes dos bichinhos eram: Big Mac, McFritas e Casquinha.
Pergunta de um milhão de dólares: como isso impacta minha marca, projeto ou carreira?
Duas perguntas simples e diretas:
Você sabe se a audiência da sua marca é formada por pais e mães de pets?
Se a resposta foi sim: como sua marca pode participar das conversas do universo pet através do conteúdo digital?
Eu poderia tatuar essa frase:
“As marcas que souberem entrar em conversas com contexto e no momento certo têm a oportunidade de estabelecer uma conexão legítima com sua audiência. Além disso, o engajamento com o assunto não está restrito apenas a empresas do segmento, mas a qualquer empresa que tenha seu propósito em sinergia com o tema e possa se conectar de forma genuína.”
— Vinicius Magalhães, estrategista de marcas do Twitter Next no Brasil
Radar do Conteúdo – novidades da semana:
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Instagram e WhatsApp cada vez mais juntos e misturados (@coolhow)
O McDonalds nos EUA mudou de nome e de logotipo por causa de uma tiktoker (Tiago Belotte no LinkedIn)
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