Vai pra onde?
Pesquisa do Waze revela como as pessoas estão se deslocando durante a pandemia e nós trazemos insights para seu conteúdo.
Sair de casa já foi algo fácil e espontâneo. Hoje, devido à pandemia de coronavírus, mudamos completamente nosso jeito de deslocar. Pensamos, nos preparamos, tomamos decisões prévias. Mudamos os critérios da tomada de decisão. Se antes, ir ao bar ou ao restaurante envolvia apenas a vontade de ir, agora pode envolver uma lista de tarefas. As marcas já se deram conta disso? Como elas podem criar conteúdo que responda a esses novos comportamentos? Ah, esse é o tema da CoolBox de hoje. Vem comigo que vou te contando tudo no caminho.
Por que saímos de casa?
O que nos leva a sair, o que consumimos antes e durante o deslocamento, quais são os momentos e as emoções dessa jornada – estes eram os objetivos de um estudo recém divulgado pelo Waze em parceria com a BOX1824. Pra começar, precisamos entender que as saídas de casa se dão em 3 contextos:
Obrigatórias. São aquelas saídas que a pessoa se descola para o trabalho ou para um lugar que não deseja, mas precisa – ao hospital, por exemplo. São deslocamentos sem pausas ou paradas, em que o carro ganhou destaque e o foco em ir e voltar rápido são máximos.
Afetivas. Segundo a pesquisa, para muitas pessoas no Brasil, encontrar a família e/ou amigos próximos é uma necessidade básica e não representa quebra no isolamento. São essas saídas afetivas as mais perigosas, porque a espontaneidade e o calor do encontro faz as pessoas se esqueceram de cuidados básicos.
Essenciais. Compras que são de rotina, mas que não foram transferidas para o modelo online. Para quem se vê com a necessidade de ir ao supermercado, farmácia e outros varejos físicos, o que mudou foi a forma. Se antes, essas compras poderiam se dar em micromomentos de consumo, agora elas acontecem em combo e costumam ser bem organizadas, com trajetos, pontos de interesse e listas de compras.
Por um lado a razão
Algumas compras, como supermercado, posto de gasolina e até de restaurantes, se tornaram mais racionais do que antes. Para as compras do mercado, aumentou a distância entre uma ida e outra, o que leva a mais preparação, uma lista bem feita e pesquisa de preços. Nos postos, o combustível mais caro e a diminuição nos deslocamentos, leva também a um melhor planejamento de quando e quanto abastecer. Já no caso de restaurantes, o racional vai para a necessidade de escolher com antecedência, fazer reserva e até dar um check de como anda a segurança do estabelecimento.
Por outro, experiência
No caso do varejo em geral, as pessoas se adaptaram melhor ao online. O Mercado Livre, por exemplo, registrou crescimento de 185% em 2020. A empresa ganhou mais novos clientes do que os países onde atua ganharam em novos habitantes (bebês) no último ano. Isso significa o fim do varejo físico? Não, mas, de acordo com a pesquisa do Waze, pra fazer as pessoas sairem de casa, as marcas precisaram oferecer mais motivos, como experiência emocional. O inesperado, a surpresa e a realização de desejos são pontos altos nesse caso. As emoções, seja no digital ou no presencial, importam muito.
Traduzindo
A pesquisa do Waze mapeou seis grandes sentimentos relacionados aos deslocamentos. Eles nos ajudam a entender o que embala e motiva os movimentos das pessoas. Fizemos um resumo:
Orgulho local – costumes, cultura, música e gastronomia regionais são motivo de orgulho para as pessoas, e são motivação pra elas se deslocarem.
Medo e delírio – aquele lugar que o emocional vence o racional, traduzido em atitudes contraditórias como “estou me cuidando muito, por isso, me permiti jogar um futebolzinho”.
Religiosidade e família – ambas sagradas e priorizadas na vida das pessoas durante a pandemia.
Carro como status – o automóvel que vinha perdendo espaço no coração das novas gerações, ganhou uma sobrevida como ícone de segurança sanitária.
Amor e ódio pelo smartphone – por um lado, ele salvou e conectou, por outro, levou à exaustão e à hiperconexão.
Saudade de aglomerar – estamos esperando ansiosamente o momento de fazer grandes aglomerações novamente (Carnaval, cinema, festivais, etc).
Pergunta de um milhão de dólares: como isso impacta minha marca, projeto ou carreira?
As marcas precisam compreender esses comportamentos e momentos para oferecer os conteúdos que fazem mais sentido para as pessoas.
Para as saídas obrigatórias elas estão buscando informação, segurança e conveniência. Já em relação às saídas afetivas, é importante oferecer informação e novas formas de se conectar com a família e amigos, sem se expor ao risco. E no caso das saídas essenciais, ajudar na decisão de compra e oferecer conveniência é uma boa pedida.
Eu poderia tatuar essa frase:
Com a vacina, as pessoas querem se aglomerar de novo. Haverá volta, haverá festa. E as marcas vão querer fazer parte desse momento.
— Report “O valor do momento on-the-go” (Waze Ads + Box1824)
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