Hoje nós vamos começar a CoolBox apresentando a você três páginas da internet:
Uma em que é possível simular a experiência de olhar a vista de diferentes janelas do mundo: WindowSwap
Uma em que é possível simular a experiência de andar por diferentes cidades no mundo: City Walks
Uma em que é possível simular a experiência de dirigir - e ouvir rádio - por diferentes cidades no mundo: Drive & Listen
O que elas têm em comum? Se você respondeu: as três proporcionam a oportunidade de “estar” em outros lugares sem sair de casa, você está no caminho certo.
E por que essa fuga para outras realidades têm crescido tanto? É esse o papo que queremos puxar na CoolBox de hoje.
A raiz da questão
Na penúltima edição da CoolBox falamos um pouco sobre como a insegurança em relação ao futuro tem ocasionado a busca desenfreada por tentativas de prever como ele será, o que fez com o que o número de relatórios de tendências triplicasse de 2016 até agora.
Não é novidade dizer que essas inseguranças, devidamente justificadas pela iminência de um colapso climático, guerras, aceleração do ritmo de trabalho e da exigência por atualização, sequelas deixadas pelos três anos de pandemia, entre outras infinitas preocupações, também têm tido consequências sobre a nossa saúde física e mental. Segundo o relatório de tendências para 2023 da Ford, 7 em cada 10 adultos sentem-se sobrecarregados pelas mudanças que estão acontecendo no mundo.
Infelizmente, as pesquisas apontam que o Brasil lidera o ranking dos que veem a própria saúde mental como uma fonte de estresse, com 54% das pessoas entrevistadas, de todas as gerações, fazendo essa afirmação. Como resultado, 86% dos homens e 83% das mulheres também disseram que se tornaram mais intencionais em encontrar um espaço para relaxar e recarregar.
Existe escapatória
Todos esses dados se encontram dentro de uma tendência mapeada pelo relatório e na qual a gente já está de olho há um tempinho: o escapismo, cujos dicionários resumem como “a atitude de fuga do cotidiano ou de uma realidade específica”.
A saúde mental tornou-se uma prioridade crescente para todas as idades, em especial para as gerações mais jovens. Mais da metade da Geração Z indica que a sua própria saúde mental é uma fonte de estresse, mas dois terços estão a assumir o controle, experimentando novas práticas de saúde mental para lidar com os seus medos. E as pessoas de todas as gerações estão cada vez mais empenhadas em criar espaço para relaxar e recarregar as baterias, seja tirando férias sozinhas, investindo em pequenas alegrias ou saindo para dar uma volta.
Further with Ford 2023
Quem não possui recursos para escapar fisicamente, acaba criando a sua própria fórmula para fugir da realidade sem sair de casa (vide sites acima). Um outro exemplo recente é o da trend norte-americana Europecore no Tik Tok, que consiste em incorporar um estilo que representa a ideia de férias europeias para atender ao desejo de um escapismo internacional de verão. Vestir-se e fazer as malas como se estivesse de férias sem, no entanto, ir a lugar algum.
Outro exemplo de fuga da realidade pode ser encontrado em um estudo da plataforma Idealista, Marketing place imobiliário do sul da Europa, realizou há uns dois anos no qual mais de 78% dos utilizadores confessa que visita o site para sonhar com casas de luxo por puro entretenimento, mesmo estando em processo de compra, venda ou arrendamento de uma casa.
Tudo soa como se voltássemos à infância e estivéssemos brincando de imaginar outras realidades que não aquelas que vivenciamos. No Brasil, é fácil identificar uma festa bastante popular em que o escapismo se faz o principal chamariz. Acertou quem pensou no Carnaval.
Fuga para o passado
Talvez você já tenha assistido ao filme “Meia noite em Paris”, cuja principal reflexão proposta gira em torno do fato de, diante dos dilemas e dificuldades do presente, o passado não vivido por nós soar sempre melhor e mais cheio de possibilidades. Neste caso, a fuga da realidade vai para este tempo que aparentemente foi tão bom, aflorando um sentimento profundo de nostalgia.
Fonte: 365 Filmes (Instagram)
Para boomers e geração millennial, o passado nem está tão distante assim, fazendo-se presente em novas versões, mais atualizadas e contextualizadas às mentalidades do nosso tempo. Em exemplos midiáticos, citamos o caso da série “And Just Like That”, revival da “Sex and City”, os recentes lançamentos dos filmes Barbie e Super Mario, e, trazendo um bom exemplo brasileiro, que é o mais importante, o remake da novela Pantanal.
Para jovens da geração Z, o passado também aparece como a representação de um período menos hiperconectado, com menos estímulos, menos egocentrismo e mais simplicidade. Dentro desse contexto, o termo nostalgia recebe uma variação, a fauxstalgia, que define o anseio por uma época que sequer foi experienciada. A famosa “saudade do que a gente ainda não viveu”. Nesse sentido, presenciamos o ressurgimento das câmeras digitais em contraposição aos celulares e suas câmeras.
Leia também: Nowstagia: por que é tão difícil viver o momento presente?
Pergunta do milhão: como isso impacta minha marca, carreira ou negócio?
Para responder a esta questão, trouxemos diferentes lampejos que variam conforme a natureza e o objetivo dos negócios.
Se você tem um negócio ligado ao setor de entretenimento, turismo, tecnologia, moda ou bem-estar, essa tendência pode te auxiliar a entender as reais motivações das pessoas que consomem seus produtos e serviços, atuando como um ponto de conexão entre sua marca e elas.
Negócios que conseguem enxergar necessidades e oferecer formas de escapismo, seja por meio de plataformas digitais, produtos ou experiências, também têm a oportunidade de atrair mais pessoas interessadas em buscar relaxamento, diversão e conexão com outras realidades. Ou seja, sua estratégia de negócios e/ou planejamento em comunicação podem ser mais assertivos se você tiver isso em mente.
Por outro lado, do ponto de vista de formação e desenvolvimento de carreiras, talvez seja o momento de você parar e refletir sobre a raiz da questão e sobre o porquê de as pessoas quererem fugir de suas realidades. Se estamos falando da sua equipe de colaboradores, o que pode estar por trás desse escapismo? Relacionamentos interpessoais? Ambiente de trabalho entediante e com pouca oportunidade para o aprendizado e crescimento? Sobrecarga de trabalho? Vale a pena fazer essa investigação.
Conseguimos, ainda, ir além, já que parte da insegurança em relação ao futuro, uma das catalisadoras para o escapismo, advém da falta de preparação para lidar com as transformações que o nosso tempo exige. É preciso ter em mente que, vez ou outra, fugir para uma realidade diferente pode fazer bem, mas é o foco no presente o verdadeiro potencializador de boas mudanças. Já, já, a gente te conta claramente sobre como vai poder te ajudar com isso!
Eu poderia emoldurar essa frase
"O escapismo não é bom nem ruim em si mesmo. O que é importante é do que você está escapando e para onde está escapando."
Terry Pratchett
Radar do Futuro-Presente
A gente precisa falar mais disso: o que é Rainbow Washing e por que evitar essa prática no Mês do Orgulho LGBTQIA+? (Rock Content)
69% dos LGBTQIA+ preferem comprar em empresas que apoiam a diversidade, é o que aponta o Relatório Orgulho LGBTQIA+, com dados sobre igualdade, expressão, representatividade e direitos das pessoas LGBTQIA+ no Brasil (Opinion Box)
“Ao entender que respostas negativas são mais comuns que as positivas, temos duas opções: ficar sempre indigestos ou aprender a digerir bem o que nos negam”. Como se levantar depois de um não? (Vida Simples)
Grupos de afinidade (Employee Resource Group). Você sabe o que é isso? (Think with Google)
O termo procrastinação tem recorde de buscas no Google (Forbes)
Você faz parte
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**Comentário:**
O artigo "Vamos Fugir: O Escapismo e a Nostalgia" aborda como a nostalgia e o escapismo influenciam nossas vidas, proporcionando um refúgio das pressões do cotidiano. De maneira semelhante, para empresas, a integração de sistemas de gestão, como o ERP da [ImpactFirst](https://www.impactfirst.co/id/erp/software-erp), pode oferecer uma forma de "escapismo" das complexidades operacionais. O ERP simplifica processos, integra funções empresariais e melhora a eficiência, permitindo que as empresas se concentrem em inovações e no crescimento, em vez de se perderem em tarefas administrativas.