A mãe tá on: a maternidade em 2022 cada vez mais conectada e #semfiltro
Você já se perguntou como a Internet vem transformando a experiência da maternidade?
O Dia das Mães vem chegando aí e junto com ele chegam também as grandes campanhas publicitárias na TV, os anúncios nas redes sociais e as declarações de amor no Feed.
Você já se perguntou como a Internet vem transformando a experiência da maternidade?
Então vem com a gente porque hoje a CoolBox é todinha delas!
A conta não fecha
Antes de começar, a gente precisa trazer algumas informações básicas sobre a economia do cuidado.
Sim, esse nome existe e são atividades que chegam a representar 11% do PIB: duas vezes o tamanho da indústria da agropecuária, segundo dados do IBGE de 2019!
São 12,5 bilhões de horas trabalhadas e não remuneradas diariamente, entre amamentação, alimentação, limpeza e tantos outros afazeres domésticos que entram em looping e não acabam nunca.
Com tanto trabalho e dinheiro envolvido na criação de um filho, com uma responsabilidade que ainda recai com muito mais força nos colos femininos, é natural que as mulheres comecem a se questionar: vale a pena?
Muitas já dizem que não.
No Brasil, 37% das mulheres afirmam não querer ter filhos, segundo uma pesquisa global realizada pela Bayer. As NoMo (Not Mothers) partem de uma reivindicação feminina por mais liberdade e respeito às decisões sobre suas vidas privadas.
Pode até parecer bonito e inspirador na teoria, mas na prática essas mulheres ainda encontram muita pressão social e críticas diretas de tudo quanto é lado em relação a essa escolha de não ter filhos.
A mãe tá on
Das NoMo às mães solo, a Internet está ajudando a ampliar o acesso à informação sobre o assunto e, principalmente, a trazer visibilidade para narrativas mais diversas sobre ser mãe.
Se antes os livros e especialistas eram a principal fonte de informação naqueles 9 meses de preparação durante a gravidez, e depois também em outras fases da maternidade, hoje a Internet é uma grande aliada em vários sentidos.
54% das mulheres afirmou ter assistido vídeos no Youtube sobre cuidados na gravidez ou maternidade.
Além dos conteúdos digitais que estão disponíveis aos montes, existem diversos grupos e comunidades de mães que se organizam para trocar informações, relatos e experiências, gerando assim uma rede de apoio virtual: 68% das mães com até 24 anos participam de grupos no Facebook sobre gravidez e/ou maternidade e 62% usam sites, fóruns e blogs especializados no assunto com esse mesmo objetivo.
Leia a CoolBox sobre inclusão digital, aqui.
Sai de cena o mundo cor de rosa e excessivamente romantizado da maternidade e entram os desabafos sobre culpa, exaustão e solidão, entre outros assuntos que só as mães entendem, em um movimento que podemos chamar de #MaternidadeReal.
Alguns perfis têm feito sucesso com esses desabafos e reflexões, como a querida @daniarrais que saiu recentemente na revista TPM falando sobre como os convites para saídas e encontros sociais feitos por amigos diminuíram drasticamente depois que ela se tornou mãe.
A @belareis é outra referência de criadora de conteúdo que costuma trazer essa ótica da maternidade real em seus posts do Instagram, sempre com muitos comentários de mulheres que se sentem abraçadas ao se identificarem com os relatos.
Para saber mais sobre o perfil das mães que são consumidoras de conteúdo digital, vale a pena ler essa matéria do VIU HUB sobre o assunto.
Família margarina?
Para aprofundar e entender as mudanças que estão em jogo, temos que reconhecer as conquistas das lutas pela diversidade, como por exemplo as de casais homoafetivos e direitos de adoção.
Ainda temos um longo caminho pela frente nesse sentido, mas essas conquistas das últimas décadas estão ajudando a ressignificar a imagem engessada de família que prevaleceu em gerações anteriores.
Afinal, existe uma "família tradicional brasileira"?
Acreditamos que não: a vida real não cabe em um comercial de margarina.
Pergunta do milhão: como isso impacta minha marca, projeto ou carreira?
Como vimos ao longo dessa CoolBox, a imagem da "família tradicional brasileira" com pai, mãe, dois filhos e um cachorro, está cada vez mais longe de ser uma verdade na sociedade atual.
À medida que a gente se transforma, a publicidade e os meios de comunicação também precisam se rever para acompanhar as mudanças, nessa relação complexa e simbiótica entre comunicação e cultura.
E essa ideia de que mães só compram eletrodomésticos ou cosméticos já está super ultrapassada, não acha?
Mães também transam, viajam, bebem e se divertem: se você trabalha no setor de turismo e vende experiências de viagens, por exemplo, por que não criar campanhas direcionadas para mães?
Busque essas e outras formas de inovar na representação de mães na comunicação da sua marca.
Sim, isso também é inovação.
Se precisar de apoio para fomentar a cultura de inovação dentro da sua empresa e encontrar soluções ágeis para lidar com essas transformações, entre em contato com a gente para saber mais sobre os sprints da CoolHow:
Entre em contato com a CoolHow!
Eu poderia emoldurar essa frase:
"Em toda a América Latina, a mulher (especialmente a mulher negra) dedica muitas horas ao cuidado, logo tem menos tempo para participar de questões públicas e de seu desenvolvimento pessoal."
(Relatório Economia do Cuidado 2020 - da ONG Think Olga)
Radar do Futuro-Presente
Para aprofundar nesse tema: Instituto Geena Davis de Gênero na Mídia, Think with Google (em português) e relatório Economia do Cuidado (Think Olga)
Dia das Mães 2022: interesses, expectativas e principais canais de compra (MindMiners)
As marcas mais valiosas do país, segundo o BrandZ Brasil (PropMark)
O ranking das lojas virtuais mais acessadas pelos brasileiros (PropMark)
Cannes Lions terá brasileiros em 25 dos 29 júris de 2022 (Meio & Mensagem)
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