Aprender todo dia: ressignificando a educação formal
"Lifelong learning" é o termo em inglês para um conceito que podemos traduzir como aprender todos os dias, sempre. Estamos falando sobre o aprendizado como forma de ver e encarar o mundo.
Afinal, não é para isso que estamos aqui no planeta azul?
Pega um café e vem refletir com a gente sobre esse tema tão latente.
A beleza de ser um eterno aprendiz
Existem muitas definições possíveis para aprendizado, mas gostamos de uma que fala sobre aprender como um "processo de alteração, ajuste e adaptação que acontece o tempo todo quando estamos em relação".
Aprendizados são processos constantes de reposicionamento, calibragem e mudanças, dentro de múltiplas interações simultâneas, que não necessariamente e nem sempre significam melhorias ou progressos em uma perspectiva linear (Instituto Amuta).
Seja diretamente em uma relação pessoal ou íntima, seja através dos ensinamentos registrados em livros por alguém, ou então em uma sala de aula propriamente dita, nós aprendemos uns com os outros.
Pare um minutinho para pensar: tem algum mestre que já cruzou seu caminho na vida com uma lição valiosa para te transmitir? Uma pessoa que talvez nem tenha concluído o Ensino Fundamental, muito menos pisado em uma universidade, e que carrega em si uma grande sabedoria adquirida de várias outras formas?
Isso é valioso e nos mostra que toda a nossa bagagem e repertório traz aprendizados que levamos conosco ao longo da vida. São referências do que deu certo, do que poderia ter sido melhor conduzido e do que realmente compreendemos para ajustar a rota na hora em que nos deparamos com situações parecidas.
Com essa perspectiva em mente, abrimos caminhos para ressignificar a educação formal sem cair na armadilha de desqualificar ou atacar as escolas e universidades. Assim, podemos e devemos encarar todas essas diferentes fontes de conhecimento como complementares: ter um diploma daquela faculdade conceituada não basta. É preciso ir além.
Com o crescimento da Internet, estamos vendo a sala de aula se desmaterializar e estamos sendo convidados a expandir nossos olhares para ver que o aprendizado pode vir de qualquer lugar. Com todos os desafios, que não são poucos, ainda assim acreditamos que a Internet pode ser uma grande ferramenta para ensinar e aprender. Que o diga o YouTube e seus milhões de vídeos com teor educativo, que não páram de crescer.
Sorry, not sorry
Imagine que você decidiu aprender a patinar ou a andar de skate.
Quantas vezes você vai cair de bunda (literalmente) até conseguir ficar de pé, depois andar um pouquinho e, enfim, fazer uma manobra mais ousada? Ninguém lembra, mas é exatamente isso que acontece quando a gente aprende a andar, enquanto ainda somos bebês frágeis engatinhando pela sala.
Para que uma nova cultura de aprendizagem seja possível, um passo importante é abraçar a beleza de ser iniciante em algo, desmistificando o erro e o sentimento de culpa ou vergonha associado a ele.
É claro que existem erros e erros, e não estamos falando aqui de passar pano para tudo e todos em qualquer contexto. Não mesmo. A questão é se colocar no lugar de que o ser humano é naturalmente falho e de ter humildade para admitir que não sabemos de tudo ou quando não estamos certos - ainda que nosso ego, cheio de orgulho, tente se colocar na frente e nos convencer do contrário.
-> Já falamos um pouco sobre isso antes, na Coolbox
"Cultura de confiança como base para a inovação". Leia aqui.
Eu poderia emoldurar essa frase:
"O saber se aprende com mestres e livros.
A sabedoria, com o corriqueiro, com a vida e com os humildes."
- Cora Coralina
Pergunta do milhão: como isso impacta minha marca, negócio ou carreira?
O dinamismo do mercado exige adaptação e flexibilidade para aprender, explorar novas experiências e agarrar oportunidades. Nesse sentido, o "lifelong learning" pode ser muito útil e até essencial, principalmente em momentos de crise e situações adversas.
Se você tem uma empresa, nossa dica é trazer essa perspectiva para dentro dela como parte da sua cultura: invista em treinamentos internos para seus times.
Quando não for possível oferecer esses treinamentos, incentive que eles façam isso por conta própria. Mas atenção: muitos profissionais acabam tendo que sacrificar seu tempo precioso de lazer para estudar, o que não é o ideal, então que tal criar uma política interna de incentivo real?
Algo como um dia semanal para estudo, ou outros mecanismos internos para que esse tempo dedicado ao estudo e desenvolvimento seja contabilizado e considerado como tempo de trabalho ;)
Agora pensando em uma perspectiva mais pessoal, nossa sugestão é que você se jogue nos cursos livres, principalmente naqueles que não sejam ligados à sua área de atuação profissional. Encare o desafio de aprender algo novo do zero, sem grandes pretensões a não ser se divertir: um instrumento, uma nova língua, um esporte.
Quando cair (porque sim, você vai cair), aprenda a rir de si mesmo para levar o processo de uma forma mais leve.
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