Aprendizagem baseada em design: você sabe o que é isso?
Na CoolBox da semana passada, a gente falou um pouco dos três temas urgentes que mapeamos no SxSW Edu 2024 e que mereciam estar no seu radar. Fizemos, inclusive, um convite para uma conversa online, aberta e gratuita que realizamos na última segunda-feira, dia 18 de março.
O que talvez a gente não tenha deixado tão claro é que, quando estamos falando de Educação, estamos falando de todo processo que, de alguma forma, envolve a partilha de conhecimento ou conteúdo para o alcance de um determinado objetivo, seja uma ação específica, o desenvolvimento de competências e habilidades, ou, simplesmente, a promoção de aprendizagem para uma ou mais pessoas.
Pensando nisso, e a partir do próprio bate-papo sobre o SxSW Edu que fizemos, achamos que seria um bom momento para destacar a tendência design-based learning, ou aprendizagem baseada em design, em bom português, uma das abordagens que a gente pratica quando fala de educação corporativa.
Vem com a gente!
Aprendizagem baseada em design: o conceito
Quem vê o título pode até pensar que o que vem a seguir é um conteúdo acadêmico (que a gente adora, por sinal), mas a ideia aqui é trazer o conceito de uma forma mais simples e direta mesmo.
Antes de continuar, no entanto, precisamos dizer que essa é uma abordagem de Educação baseada em competências, ou seja, na sinergia entre conhecimento, habilidades, atitudes e valores.
Dito isso, podemos definir que a aprendizagem baseada em design nada mais é que a incorporação do pensamento e das metodologias de design para facilitar o processo de aprender. Nesse sentido, o design é utilizado não apenas no planejamento, mas em toda a experiência oferecida em si, colocando as pessoas aprendizes no centro do processo.
E o que deixa essa experiência baseada em design diferente de uma experiência de aprendizagem comum?
Alguns pontos que enumeramos:
Final aberto: na aprendizagem baseada em design, não existe necessariamente uma resposta certa. Cada pessoa, cada grupo de trabalho pode chegar a um resultado completamente diferente e isso não possui uma lógica de certo ou errado, e sim de quais são as diversas possibilidades de resposta a um desafio complexo que é apresentado, o que também é uma excelente oportunidade de praticar habilidades e competências essenciais ao longo do processo de solução do problema.
Projetos autênticos: aqui, falamos em um processo de aprendizagem que busca, muitas vezes, resolver um problema que pode tanto ser do grupo de participantes, em si, ou de uma comunidade maior a qual as pessoas desse grupo pertencem. Estamos falando de projetos mão na massa, mesmo, do trabalho conjunto para construir algo de forma multidisciplinar, ou seja, permitindo que vários conhecimentos sejam acionados para a elaboração de uma determinada solução.
Função da pessoa educadora: no contexto dessa modalidade de aprendizagem, o papel da pessoa educadora não se resume apenas à transmissão de informação ou de conhecimento. Mais do que isso, sua função é estimular e desafiar participantes por meio de questionamentos pertinentes, além de facilitar e orientar o aprendizado, ajudando o grupo a superar eventuais obstáculos.
Avaliação: as avaliações são formativas, ou seja, acontecem ao longo de todo o processo e, ao mesmo tempo, somativas, a partir do produto/solução final. Nesse caso, é por meio do produto final que se torna possível compreender o quanto as pessoas estão, ou não, manifestando determinadas competências.
Colaboração no centro do trabalho: esse modelo de aprendizagem depende da colaboração entre participantes e também pode envolver a convocação de pessoas que estão do lado de fora. Ou seja, se estamos criando soluções para uma comunidade - que, no contexto corporativo pode ser uma área, por exemplo -, pode ser pertinente acionar quem faz parte dessa comunidade. Também envolve acionar habilidades e expertises que não se tem internamente no grupo em questão.
Pergunta do milhão: como isso impacta minha marca, carreira ou negócio?
O lifelong learning - aprendizado ao longo da vida - já se tornou um daqueles termos que, de tão pronunciados, parecem mais um grande clichê. Mas não é. E a rapidez com que as transformações tecnológicas e socioculturais têm acontecido está aí pra provar o quanto precisamos incorporar a mentalidade do aprendizado contínuo ao longo de nossas vidas.
Aplicar o aprendizado baseado em design, para nós, pessoas, envolve desenvolver uma maior abertura para o desconhecido, colaborar com outras pessoas e aprender a fazer mais perguntas ao invés de buscar por fórmulas repetidas de sucesso. Isso envolve curiosidade, interesse e uma busca ativa por experiências e conteúdos que ampliem nosso repertório, tanto para a vida pessoal, quanto profissional, que, vamos combinar, no fim é uma só.
O aprendizado baseado em design pode ser usado para desenvolver habilidades humanas e poderosas, como comunicação eficaz, liderança, resolução de problemas e gerenciamento do tempo. Como resultado, podemos melhorar nossas relações interpessoais, aumentar nossa autoconfiança e lidar melhor com desafios.
O mesmo vale para as empresas, que podem, através de experiências de aprendizagem baseadas em design, oferecer formatos de desenvolvimento de habilidades e competências que sejam realmente significativos para as pessoas colaboradoras. Ao investir em programas de aprendizagem bem projetados, que coloquem participantes no centro do processo, o resultado é um maior engajamento que gera impacto positivo e real para cada participante, para o grupo e, principalmente, para o negócio.
Se você deseja saber como uma experiência de aprendizagem pode, na prática, ser baseada em design, repetimos o convite que fizemos ontem para que você participe do nosso Festival de Conteúdo LXD, com uma série de e-mails bem didáticos sobre essa e outras abordagens de design que aplicamos em nossas soluções.
Clique aqui para se inscrever no festival
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