Curadoria de Maio
Vocês gostaram, deram muitos corações, então ela está de volta: a nossa curadoria do mês. Mais do que uma indicação, a referência vem com o contexto e o nosso olhar.
Esperamos que sejam referências úteis para ampliar seu repertório e provocar faíscas. Ah, e deixa o <3 pra gente saber que você gostou!
Não há cultura de inovação sem cultura de aprendizagem
Para inovar é preciso abrir espaço para a verdadeira aprendizagem
Tiago Belotte, fundador da CoolHow, escreveu recentemente um artigo no LinkedIn discutindo a importância de criar um ambiente onde a aprendizagem permeia todos os aspectos do trabalho. Não se trata apenas de cursos, mas da aprendizagem que acontece no café, no elevador e durante os projetos. Ele afirma que separar o aprendizado do fazer nos deixou presos em métodos antigos que não resolvem os problemas atuais, muito menos os futuros. Por isso, defende uma aprendizagem fluida, dinâmica e participativa, que seja social, colaborativa e cocriativa. No artigo, ele aprofunda as 4 mudanças que precisamos fazer nas organizações em direção a uma cultura de aprendizagem: 1) Aprendizagem alargada: com quem podemos aprender? 2) Aprendizagem aprofundada: como aprendemos? 3) Aprendizagem integrada: quando aprendemos? 4) Aprendizagem focada: o que estamos aprendendo?
Já pensou em desistir?
“Ao abrir mão de alguma coisa, abre-se espaço para outra”
Esta matéria da Revista Gama traz um trecho do livro "Sobre Desistir" de Adam Phillips, famoso psicanalista e ensaísta britânico. Na obra, Adam explora a complexidade do ato de desistir, tratando-o como uma batalha interna entre desejos conflitantes. O autor questiona por que temos tanta aversão a desistir e como a sociedade cristalizou essa ação como um sinal de fracasso. Com referências a Kafka, Shakespeare, Nietzsche e Freud, Phillips desmistifica a desistência, sugerindo que abrir mão de algo pode abrir espaço para novas oportunidades. Ele justifica que entender nossa relação com a desistência é crucial para viver de maneira mais consciente e menos tirânica. Lembramos aqui de um outro artigo, esse do Tiago para a Vida Simples sobre a coragem de desistir.
Mais humano que nunca
O futuro do trabalho com IA depende de uma mentalidade focada em novas habilidades
Onde é que assinamos embaixo do artigo "The AI-Fueled Future of Work Needs Humans More Than Ever" da Wired? Ryan Roslansky, que é CEO do LinkedIn, afirma que a inteligência artificial (IA) está transformando o mundo do trabalho, mas destaca que as habilidades humanas continuam sendo essenciais. Em vez de eliminar a necessidade de trabalhadores humanos, como é o receio de muitos, Ryan diz que a IA está mudando a forma como trabalhamos, enfatizando a importância de habilidades como resolução de problemas, empatia e pensamento estratégico. Para trabalhadores, isso significa que a suas funções devem ser vistas como uma coleção de tarefas que podem evoluir com o tempo, exigindo um investimento contínuo em novas habilidades. Para empregadores, a abordagem deve ser focada no desenvolvimento de talentos e na criação de um ambiente de trabalho que valorize a colaboração e as habilidades interpessoais, preparando seus funcionários para os desafios futuros.
Desigualdade e desconexão
Ao contrário do que se imagina, ainda tem muita gente sem acesso à internet de qualidade no Brasil
Sim, a internet se tornou essencial para a vida moderna, mas não, nem todo mundo tem acesso de qualidade. Exemplo disso é o Conjunto de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro, onde a população enfrenta limitações severas de conectividade apesar de estar entre dois grandes polos tecnológicos. O artigo de Silvana Bahia na Fast Company Brasil defende um esforço coletivo para garantir uma internet livre e democrática, enfatizando a importância da conectividade significativa para a cidadania plena e a inclusão digital.
Respeito e igualdade
4 em cada 10 profissionais passaram por discriminação no trabalho
Uma pesquisa do Instituto Locomotiva, divulgada pela CNN Brasil, revela que cerca de 55,6 milhões de trabalhadores no Brasil, ou 4 em cada 10 pessoas, já sofreram discriminação, assédio ou preconceito no trabalho. Além disso, aproximadamente 70% dos casos não são relatados ao RH, na maior parte das vezes, por medo de retaliação. Os grupos mais afetados incluem pessoas não-heterossexuais (30%) e mulheres (29%). Apesar de avanços na conscientização e legislação, a discriminação persiste e isso é um sinal que ainda são (muito) necessárias ações concretas das lideranças para promover respeito e igualdade no ambiente de trabalho.
Uma frase para seguir pensando:
“A desistência costuma ser vista como um fracasso, em vez de uma maneira de obter sucesso em outra coisa.”
— Adam Phillips, autor do livro Sobre Desistir
Newsletter boa a gente indica!
A autora Emma Gannon tem uma newsletter que dá até pena que seja em inglês. Mas vamos indicar mesmo assim, porque vale a pena. Nem que seja para você colocar tudo no tradutor.
Ei, queremos te ouvir!
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