Trend Alert: Criatividade e IA
CoolHow, vocês vão experimentar um novo formato? Sim, mas na próxima semana começamos a repetir os anteriores. Aliás, já estamos analisando os feedbacks de vocês sobre cada uma das formas que a CoolBox assumiu nas últimas semanas. E estamos bem felizes com os resultados!
E pra hoje, o que temos? Pra hoje vamos de algo que é parte da nossa forma de ser: olhar para tendências. E vamos logo para o assunto que está bem quente nos negócios, na área de educação e no meio criativo e artístico. E o momento para este tema não poderia ser melhor, pois no dia 1/5 além de se comemorar o dia do trabalhador, comemora-se também o dia da inteligência artificial. Então, vamos à pergunta (ou prompt?) que inspirou toda esta CoolBox: é possível associar criatividade e inteligência artificial?
Chegou e chegou com muita força
Olha, se formos ver os números, a inteligência artificial chegou com tudo no campo da criatividade. Presta atenção nesses dados:
De acordo com uma pesquisa elaborada pelo Canva, no mercado de marketing e publicidade, um dos que mais adotou a nova tecnologia até o momento, aproximadamente 83% dos profissionais já usaram plataformas de IA para produzir textos. Se falarmos de geração de imagens o uso é ligeiramente menor, de 82%.
69% dos respondentes da pesquisa acreditam que a IA melhora a criatividade do time.
Apenas uma pequena parte dos respondentes, 17% disse que a inteligência artificial limita a criatividade das equipes.
Já em outro estudo, este da plataforma Capterra, 52% das lideranças corporativas identificam o aumento de produtividade como o principal benefício da IA em suas organizações. Inovação e criatividade ficam em segundo, com 37%.
Mas a IA tem suas limitações
Como você está vendo, a IA generativa tem impulsionado inovações em diversos campos, mas, segundo Kai-Fu Lee, enfrenta limitações significativas em áreas que requerem criatividade profunda, estratégias complexas e um cuidado genuinamente humano. Estas limitações são evidentes ao compararmos a IA com a capacidade humana de gerar novas ideias originais, resolver problemas complexos de maneiras inovadoras e oferecer um cuidado sensível e empático, características essenciais em profissões que demandam nossa humanidade, como nas artes, na comunicação, na medicina e no ensino.
A humanidade ausente na IA está presente em nós?
A IA, por mais avançada que seja, não tem qualidades intrinsecamente humanas, como autoconsciência, humor, amor, empatia e uma verdadeira apreciação pela beleza. Aspectos esses que não apenas definem nossa humanidade, mas são também cruciais para o florescimento da criatividade. Conforme apontado pelo escritor angolano Valter Hugo Mae, a era digital pode estar contribuindo para uma "falta de empatia" pela redução das interações humanas e pela prevalência de comunicações digitais superficiais, aspectos que a IA não pode compensar. Tiago Belotte, fundador da CoolHow, costuma dizer que a emergência da inteligência artificial é também um chamado para resgatarmos a nossa humanidade. Quais competências humanas precisamos desenvolver?
O artista David Palumbo tem um ponto (ou um contraponto)
David Palumbo, ilustrador e artista plástico dos EUA, expressando uma preocupação comum entre os artistas, argumenta que a IA, ao contrário do que muitos acreditam, não é apenas uma ferramenta, mas um serviço que completa tarefas de forma independente, o que pode diminuir o valor da expressão individual e autêntica no trabalho artístico. Ele destaca que a IA gera médias e não possui a capacidade de entender ou replicar a intenção emocional e o significado por trás de suas criações. Essa abordagem pode minar a autenticidade e a individualidade, essenciais para um trabalho artístico genuíno e impactante.
IA como Ferramenta de Auxílio Criativo
Apesar de todas essas questões e limitações, a IA pode servir como uma poderosa ferramenta no processo criativo. Só pra dar alguns exemplos: no início, pode ajudar a superar o bloqueio criativo, fornecendo estruturas e ideias preliminares. Somos péssimos em vencer a página em branco, certo? Ela é ótima. No meio do processo, a IA pode oferecer críticas e sugestões de melhoria. Experimente pedir que ela critique um trabalho seu e ofereça sugestões de aprimoramento. No final, ela pode ainda auxiliar na revisão do trabalho Quem acredita nisso são artistas e escritores que utilizam a IA como um complemento às suas capacidades, não como um substituto.
Uma frase que transformaremos em mantra:
“A emergência da inteligência artificial é também um chamado para resgatarmos a nossa humanidade. Quais competências humanas precisamos desenvolver?”
— Tiago Belotte, fundador da CoolHow e criador da plataforma Dueto.ai que ensina a combinar criatividade e inteligência artificial
Radar do Futuro-Presente
Imersão em Escrita Criativa e Inteligência Artificial (Dueto.ai)
Por que incluir a inteligência artificial nas práticas pedagógicas? (Porvir)
‘Prefiro falar com robô': jovens buscam conselhos profissionais no ChatGPT e evitam chefes (Estadão)
Nada impede a criação de IA que destruirá o mundo, diz professor de Berkeley (Folha)
Vilã ou aliada? No embate entre a IA generativa e a capacidade criativa humana, existe um caminho do meio (Época Negócios)
Newsletter boa a gente indica!
Nossa indicação de hoje é a newsletter da Gaia Passarelli, a ótima “Tá todo mundo tentando”. Nos perdoem o trocadilho, mas nem se o ChatGPT tentasse ele conseguiria produzir um conteúdo tão valioso e criativo como o dela.
Ei, queremos te ouvir!
Você tem um minutinho para dar o seu feedback sobre a CoolBox? Também estamos aceitando sugestões: quais temas você gostaria de ver por aqui?