O que podemos aprender com Ana Holanda?
A primeira CoolBox foi enviada no dia 10 de Outubro de 2018. De lá pra cá foram centenas e centenas de edições buscando cumprir a promessa feita na primeira hora: temas emergentes que impactam negócios e carreiras profissionais, com uma bela curadoria e num formato gostoso de ler.
Pois é, os anos se passaram e a gente fez pequenos ajustes nesse formato. Mas agora sentimos que era hora de mexer ainda mais. E mexemos. E ousamos. Queremos experimentar outras formas de continuar te ajudando a aprender e refletir sobre temas que importam. Só tem uma coisa: queremos contar com sua ajuda. Gostou do formato? Conta pra gente. Não achou muito legal? Conta também. A artista portuguesa Joana Vasconcelos, numa entrevista recente disse: a qualidade não aparece sem muitos erros. E cá estamos nós, querendo entregar a cada edição a melhor CoolBox que você já leu. Mas pra isso, estamos com total disposição de errar.
Dá pra aprender com os erros, com os fracassos e até com conselho ruim. É isso que você vai ver nesta edição que traz um novo formato. Semana que vem vai ser assim também? Não. Vai ser diferente. Mas e se eu gostar muito desse formato e quiser ver ele de novo? Dá coraçãozinho pra gente. Comenta. Compartilha na rede social e marca a @coolhow
Agora fique com o Lado A da nossa convidada. Lado A de aprendiz, de aprendizados e de aprender sempre.
LADO A: O LADO APRENDIZ DE ANA HOLANDA
A beleza de ser uma eterna aprendiz
CoolBox: Conta pra gente algo que você amou aprender recentemente?
Ana Holanda: Amei aprender a desenhar. Não acreditava que seria capaz. Era aquela que fazia desenhos infantis (casinha com chaminé, árvore com copa algodão doce). Até que fui em uma exposição do Tim Burton e me senti animada a voltar a tentar. Burton não tem aquele desenho perfeito, que tenta reproduzir algo tal qual é. Ele faz desenhos originais, sem receio de que o outro critique por serem infantis. E ele é o cara exatamente por isso. Naquele dia, peguei um caderno e comecei. Demorei alguns vários desenhos para começar a me descolar daquilo que esperam de um desenho bonito; para me encontrar nos meus traços. Tive ajuda, claro. Neste processo de descobrir qual era o meu olhar em relação ao desenho revivi algo muito bonito relacionado a escrita: a experiência da folha em branco. Foi — e ainda é — de uma riqueza enorme pra que eu entenda “como sou quando estou criando”. Agora quero aprender a fazer crochê. Porque desejo desenvolver algo que tem ficado para trás: a habilidade de fazer algo com as mãos.
CV de Fracassos
Você já teve algum projeto ou plano que não foi pra frente? E o que você aprendeu com ele?
Queria ter uma revista digital que trouxesse apenas experiências dos anos 80. Queria contar como era comprar um disco, gravar fita k7, namorar ao telefone, enviar e receber cartas. Compartilhei a ideia com meu namorado e ficamos super empolgados. Não foi para frente por pura falta de tempo. Estou aprendendo a ocupar meu tempo com o que cabe nele. Não tentar usar tempo e energia “por prazer”, mas que vai se transformar, rapidamente, em peso porque o dia tem apenas 24 horas. Entendi com isso que prazer pode virar peso. E que a gente escolhe as “batalhas” uma por vez.
Tá brincando?
Qual foi a última vez que você brincou? E qual era a brincadeira?
É sério? Eu vivo brincando. Adoro instigar meus filhos a andar na calçada pisando apenas no calçamento de tal cor. Apresentei para eles aquela brincadeira “stop”, em que você colocava nomes, cidade, cor, com uma letra do alfabeto. Foi muito engraçado. Me senti jovem de novo. Demos muitas risadas e viciei minha filha.
Se conselho fosse bom
Conta pra gente um conselho ruim que você já recebeu?
Minha mãe tem um provérbio que adora repetir: “se conselho fosse bom a gente vendia”. Hahahaha!
Meu treinador me aconselhou que seguisse treinando mesmo com uma insistente dor na lombar. A dor não só melhorou como piorou e tem se transformado em um desafio diário. Estou no caminho de entender, por meio de exames mas também de terapias alternativas (sou dessas) o que está acontecendo com meu corpo: uma hérnia? Um nervo sendo pressionado? Estes são alguns dos diagnósticos. Independente disso, entendi que precisamos ter respeito pelo corpo. Ele é sábio e sinaliza quando precisamos parar. Apenas ouça.
Mesa de cabeceira
Quais são os livros que estão na fila te esperando?
Surrender - 40 músicas, uma história, do Bono (vocalista do U2)
O Lado invisível da economia, Katrina Marçal
A gorda, Isabela Figueiredo
Autocompletar
Sem pensar muito, complete as frases:
Quero desaprender a… ser tão rígida comigo mesma.
Adoro acompanhar o perfil de… @carolina_palavras (uma amiga que vive colecionando nos Stories memes engraçados)
Pra estudar eu vou para… a minha playlist no Spotify “Músicas para escrever”. A música é um condutor bonito que me leva para dentro
Minha melhor forma de aprender é… ouvindo (pode ser um documentário bacana, uma aula interessante on-line ou um conversa)
Pouca gente sabe, mas eu poderia dar aulas de… cozinhar abobrinha. Desde que minha filha se tornou vegetariana acompanho muitos perfis de comida vegetariana. E é impressionante a quantidade de pratos que você faz com abobrinha. Virei especialista em tudo que você pode cozinhar usando a abobrinha.
Uma frase da Ana Holanda que transformaremos em mantra:
“Precisamos ter respeito pelo corpo. Ele é sábio e sinaliza quando precisamos parar. Apenas ouça.”
Radar do Futuro-Presente
Você retém a informação melhor quando escreve em vez de digitar (Superinteressante)
Bem-vindos ao bug dos millennials (Mina UOL)
Um vídeo com uma fala preciosa do Ziraldo (LinkedIn)
IA de Khan Academy ultrapassa 65 mil novos alunos e desenvolve novas habilidades (Fast Company Brasil)
Empatia narrativa: o poder das histórias (Ponto Eletrônico)
Relatório de tendências na educação do SxSW Edu 2024 (CER Sebrae)
Newsletter boa a gente indica!
A newsletter da Ana Holanda fala de escrita criativa e afetuosa, da importância da palavra e de uma comunicação mais humana. Toda segunda.
Ei, queremos te ouvir!
Você tem um minutinho para dar o seu feedback sobre a CoolBox? Também estamos aceitando sugestões: quais temas você gostaria de ver por aqui?