Reflexões pós-Carnaval: qual foi a última vez que você riu no trabalho?
A gente sabe: basta o 1ª dia da quaresma chegar para alguém soltar aquele trechozinho indigesto dos Los Hermanos dizendo que “todo Carnaval tem seu fim”. E enquanto internalizamos que não dá pra macetar o acopalipse o ano inteiro, confessamos o desafio que foi escrever a CoolBox nesta quinta que, convenhamos, também é um pouco de cinzas.
Tem muita gente ainda meio lá, meio cá, querendo que a fantasia seja eterna e adiando o início do ano para a próxima segunda. Pensando em acompanhar esse ritmo - pero no mucho porque aqui o ano começou faz tempo - nós recorremos à alegria que presenciamos nas ruas e nas redes sociais nos últimos dias para refletir: e se todo esse riso e humor fossem mais frequentes no nosso dia a dia e, principalmente, no nosso trabalho?
Vem ver como só há vantagens nisso!
“É melhor ser alegre que ser triste” ou: os benefícios do riso
É provável que você já tenha tido a oportunidade de interagir com um bebê ou uma criança pequena. Se sim, é fácil lembrar de uma atitude instintiva quando isso acontece: a de querer fazer o bebê ou a criança sorrirem.
Um bom sorriso desarma. E, mesmo que sejamos pessoas adultas, não precisamos de muitos argumentos para concluir isso. Basta lembrar de como nos sentimos em situações nas quais podemos sorrir e nos divertir à vontade (alô, Carnaval!).
No campo científico, a área de pesquisa sobre o riso, o humor e a felicidade recebe o nome de Gelotologia. E ela confirma: são diversos os estudos que apontam que rir altera a química do nosso corpo, diminui a adrenalina ativada pelo medo e pela ansiedade e aumenta a dopamina, serotonina e endorfina, responsáveis pela sensação de bem-estar.
A risada também promove a redução dos níveis de cortisol, que é o hormônio ligado ao estresse, auxilia o bom funcionamento do sistema respiratório, previne doenças cardiovasculares e contribui para o aumento da imunidade.
Qual foi a última vez que você sorriu no trabalho?
Se é tão simples entender e sentir os benefícios do riso e do bom humor na nossa vida, porque parece cada vez mais difícil incluí-los em nossa rotina?
Bem, à parte as tragédias e todas as coisas ruins que estão acontecendo no mundo (pense que o meme do Carnaval tem a palavra apocalipse no meio), muito da relação que aprendemos a estabelecer com o trabalho foi herdada da antiguidade, com o próprio termo cunhado como um sinônimo de dor e sofrimento.
Acredite ou não, essa história de “trabalhe com o que você ama e nunca mais precisará trabalhar na vida” - ainda que uma falácia da vida pós-moderna - é recente. Ou seja, só há muito pouco tempo o trabalho começou a ser visto como possível fonte de prazer e realização pessoal.
Consequentemente, observamos uma cultura que ainda glorifica o cansaço e a exaustão como sacrifícios heróicos, valorizando o estresse, a pressão e a produtividade a qualquer custo.
Mas ao contrário do que parece, este artigo da Forbes traz a informação de que 1 minuto de riso, mesmo que falso, é melhor do que riso nenhum, pois já é suficiente para que as pessoas se sintam mais engajadas e mais satisfeitas no trabalho. Logo, mais produtivas.
Um coach da ficção para nos inspirar na vida real
Agora, uma confissão: enquanto muita gente aproveitou cada segundo dos dias de folia em bloquinhos, festas e sambódromos, do lado de cá, a pessoa que vos escreve se deixou render ao descanso e finalmente conseguiu maratonar a 3ª temporada de Ted Lasso (tão inspiradora para esta edição quanto o Carnaval em si).
Para quem não viu ou não conhece, estamos falando de uma série de comédia dramática que segue a história de Ted Lasso, um treinador de futebol americano universitário que é contratado para treinar um time de futebol profissional na Inglaterra, apesar de sua completa falta de experiência no esporte.
Ted é otimista, caloroso e sempre tenta encontrar o lado positivo em todas as situações, mesmo quando enfrenta adversidades. Seu carisma faz com ele rapidamente ganhe o carinho de seus jogadores e desafie as expectativas, tanto dentro quanto fora do campo.
Sem dar spoiler, mas deixar a dica, a série aborda temas como trabalho em equipe, amizade, superação e resiliência, enquanto acompanha as experiências de Ted e sua equipe ao longo da temporada. Um exemplo de como o bom humor pode sim estar presente nos momentos mais estressantes que vivemos. A arte sugerindo a vida.
Pergunta do milhão: como isso impacta minha marca, carreira ou negócio?
Ao refletirmos sobre a importância do riso e do bom humor em nossas vidas e em nossos locais de trabalho, fica evidente que esses elementos não devem ser vistos como meros acessórios da nossa existência - ou deixados apenas para o Carnaval -, mas sim como fundamentais para promover ambientes saudáveis, produtivos e inspiradores.
Além de fortalecer conexões pessoais e proporcionar a redução do estresse e o aumento do bem-estar, algumas pesquisas também defendem que o humor e o riso podem melhorar o processo de aprendizagem, pois colaboram para o aumento da autoestima, para a abertura a novas ideias e para o estímulo à compreensão e à criatividade.
Que fique claro, no entanto, que não acreditamos na positividade ou no bom humor a qualquer custo. Mas acreditamos, de verdade, nos benefícios de a gente desenvolver um olhar mais leve e alegre sobre outras pessoas e sobre nós mesmos também ao longo do ano, o que é um treino e tanto.
Se você deseja oferecer uma experiência de aprendizagem com mais humor e riso para as pessoas da sua empresa, fala com a gente! Aliás, eis aí uma das bases para toda a nossa criatividade! 🙂
Para emoldurar e colocar na parede
“O humor é a nossa grande dádiva. O grande presente e ferramenta que a gente tem para sobreviver nesse mundo, não interessa o quão trágico ele seja.”
Tainá Muller, atriz, no podcast da Revista Gama
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