E a palavra do ano é…
Já entramos no clima de retrospectiva. Afinal, dezembro está acabando e é impossível não ficar pensando sobre tudo o que aconteceu e foi importante no ano. E além de ser tempo da pergunta clássica (e um tanto tóxica, para algumas pessoas) “então é Natal, e o que você fez?”, também é tempo dos dicionários ao redor do mundo escolherem as suas respectivas palavras de 2023.
E como já é tradição por aqui, chegou o momento de falar sobre elas e sobre as nossas também. Vamos?
As nossas escolhas
Para começar, vamos falar sobre a palavra, ou melhor, as palavras escolhidas pelo time da CoolHow. Quem assina a CoolBox há mais tempo já até sabe que todos os anos nós também elegemos aquela que mais representou o nosso ano.
Sob o impacto da pandemia, a escolha de 2020 foi a palavra “mudanças”, a de 2021 foi “flexibilidade” e a de 2022 foi “inquietação”. Para 2023, mudamos um pouquinho a tradição e trouxemos mais de uma. Um trabalho colaborativo que contou com opiniões de algumas pessoas da nossa equipe.
Para o Felipe Barbosa, líder de conteúdo, a palavra do ano foi “intensidade”. E bem, as coisas por aqui foram intensas e cheias de reviravoltas mesmo. Pareceu até uma série da Netflix, que, a propósito, é uma de nossas clientes.
Para Nanda Miranda, nossa líder de design de experiência, 2023 foi um ano definido por “ansiedade”. E ela pôde provar, enviando até um print do Google Trends mostrando que nossa saúde mental também sucumbiu às incertezas e sequelas dos últimos três anos.
Já para o Juliano Eymar, nosso social media, e para a Ana Nogueira, nossa redatora, a palavra que mais definiu 2023 foi “aprendizado”. Com o fim da pandemia oficialmente declarado pela OMS esse ano, a gente teve mesmo que aprender a lidar com a reconfiguração desse novo-velho mundo.
É… 2023 foi um ano em que a CoolHow também construiu diversas experiências de aprendizagem para diferentes setores e públicos. Surpresas e mudanças no caminho nos convidaram a explorar novas possibilidades e alternativas. E é claro que, por muitas vezes, a ansiedade falou alto. Mas, como você pôde ver na imagem acima, não foi só por aqui.
Também aprendemos muito em 2023. Criamos, nos reinventamos e nos dedicamos de maneira intensa para entregar soluções em experiências e conteúdos.
E para os dicionários, qual foi a palavra do ano?
Para o dicionário norte-americano Merriam-Webster, a palavra do ano foi também o termo mais pesquisado nos Estados Unidos em 2023: “Authentic”, ou autêntico, em inglês. Uma palavra atribuída àquilo que é verdadeiro, legítimo e sincero. Aliás, algo que parece estar bem em falta no universo digital de simulações a que temos acesso.
Já para o dicionário britânico Collins, a palavra do ano foi Inteligência Artificial. Realmente, 2023 foi um ano em que falamos muito sobre ela e é bem provável que você já a já tenha utilizado para melhorar seus textos ou para se divertir e gerar imagens, entre outras inúmeras possibilidades.
Aqui na CoolBox, o assunto já foi abordado em diferentes edições, sobretudo naquelas em que falamos sobre os destaques do Web Summit Lisboa 2023. Se ainda não leu, ainda dá tempo de ler aqui e aqui.
Como consequência da explosão da IA, diversas trends de imagens geradas por inteligência artificial movimentaram as redes sociais. Você deve ter visto as imagens geradas pelo app Remini, onde é possível simular situações futuras sobre a sua própria vida, como o casamento, gravidez ou até mesmo o rosto dos seus futuros filhos, por exemplo.
Outra trend possibilitou criar um pôster personalizado da Barbie, através do site Barbie Selfie Generator, seguindo o sucesso estrondoso do filme.
E um outro hit, ainda, foi a criação de versões em desenho animado de personagens da "Disney Pixar". Se você usa o Instagram ou o X, antigo Twitter, deve ter visto imagens de pessoas transformadas em caricaturas. Isso foi possível graças ao Bing Image Creator da Microsoft, que utiliza o gerador de imagens DALL-E, da OpenAI, sem custos.
A trend da Disney Pixar, aliás, deu o que falar por razões diretamente relacionadas à palavra eleita pelo dicionário Cambridge: “Alucinar”. O termo se refere às informações falsas produzidas pelas ferramentas de inteligência artificial.
Pode ser que você tenha visto as imagens com mãos disformes geradas pelo Midjourney e DALL-E 2 ou acompanhado as diversas polêmicas sobre o racismo algorítmico. Inclusive, falamos disso nesta CoolBox aqui. Outro caso bastante comum são as respostas erradas geradas pelas IAs. O conselho é para que não você não use o Chat GPT para fazer perguntas sobre as quais não saiba a resposta.
O universo da inteligência artificial também esteve presente entre as palavras do dicionário Oxford. Embora a vencedora tenha sido “rizz”, um termo coloquial definido como “estilo, charme ou atratividade”, entre as finalistas esteve a palavra “prompt”, que se refere ao comando dado para ferramentas de IA executarem determinada ação. É que aprimorar seus prompts aumenta as chances de que as ferramentas executem corretamente o que você solicita. O que não faltaram foram artigos com dicas sobre isso também.
E a palavra do ano para o Brasil?
Em um ano com 9 ondas de calor, incêndios e secas na Floresta Amazônica e tornados e enchentes no sul do país - só para citar alguns exemplos - a palavra do ano que mais impactou a população brasileira não poderia ser outra que não “mudanças climáticas”.
O termo foi citado por mais de 1550 respondentes, cerca de 37% das pessoas entrevistadas por um uma pesquisa realizada pela consultoria Cause em parceria com o Instituto de Pesquisa Idea.
No total, foram eleitas 7 palavras para definir o ano de 2023. Na sequência de mudanças climáticas, estão resiliência, conflito, inteligência artificial (olha ela aí de novo), vulnerabilidade, urgências e desinformação.
Pergunta do milhão: como isso impacta minha marca, carreira ou negócio
As palavras do ano são significativas porque:
Capturam mudanças culturais, novas tendências e evoluções na sociedade. Elas podem revelar o modo como as pessoas estão pensando e se expressando em resposta a eventos contemporâneos.
São indicativos das tendências linguísticas, incluindo gírias, neologismos e adaptações de vocabulário. Elas mostram como a linguagem está em constante evolução para refletir as necessidades e a dinâmica da sociedade.
Oferecem uma maneira concisa de contextualizar e resumir acontecimentos significativos, contextualizando eventos do ano.
Possibilitam a melhor compreensão de preocupações e prioridades da sociedade. Isso pode incluir temas sociais, políticos, ambientais, entre outros.
Promovem o diálogo, tornando-se temas de discussão e debate (e da CoolBox) e incentivando as pessoas a refletirem sobre seu significado e importância.
Fornecem lampejos para o Futuro, indicando possíveis direções em termos de linguagem e pensamento coletivo.
Em resumo, as palavras do ano refletem e encapsulam o espírito cultural, social e político de um determinado período. Elas são escolhidas com base em sua relevância e frequência de uso, muitas vezes destacando temas emergentes ou questões importantes ao longo do ano.
A gente acredita que em 2024 vamos continuar falando muito sobre inteligência artificial. Seja sobre os desafios legais e éticos (alô deepfakes), seja sobre os avanços tecnológicos e benefícios trazidos por ela.
Do lado de cá, seguimos acompanhando o impacto dessas palavras no mundo - em especial, o do trabalho - não só para antecipar as informações para você, mas para continuar desenvolvendo as melhores estratégias de aprendizagem para pessoas e negócios.
E se precisar de ajuda, já sabe: vamos conversar!
Para emoldurar e colocar na parede
“Eu não estou interessado em nenhuma teoria
Em nenhuma fantasia, nem no algo mais
Nem em tinta pro meu rosto ou oba oba, ou melodia
Para acompanhar bocejos, sonhos matinais
Eu não estou interessado em nenhuma teoria
Nem nessas coisas do oriente, romances astrais
A minha alucinação é suportar o dia a dia
E meu delírio é a experiência com coisas reais”
Trecho da música “Alucinação”, de Belchior
E assim, vamos acabando 2023, tentando fugir das alucinações da Inteligência Artificial e da ansiedade trazida pela pandemia, mas sem nos esquecer do delírio que ainda é experienciar as coisas reais.
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